top of page

A imagem colorida de Mercúrio foi gerada combinando três imagens separadas de filtros sensiveis à luz da sonda Messenger. Desse modo são destacadas as diferenças na superfície do planeta, não visiveis em imagens simples ou preto e branco.  [Crédito NASA/ JHUAPL/ CI W]

De relance a superfície de Mercúrio lembra a superfície da Lua, mas uma observação mais detalhada mostram algumas diferenças. Por exemplo, as crateras mercurianas são maiores e mais achatadas. Aproximadamente 40% do planeta é coberta por planícies suaves.

 

Nos pólos de Mercúrio existe gelo localizado no interior das crateras mais profundas, que se encontra em sombras perpétuas porque seu eixo de rotação é perpendicular ao seu plano orbital. A superfície é também toda entrecortada por linhas cruzadas (chamadas de grade mercuriana) de origem desconhecida que se orientam geralmente norte-sul, nordeste-sudoeste e noroeste-sudeste.

A cratera com o "riso" (no topo da imagem) é Al-Hamadhani com cerca de 168 km. Esta cratera foi primeira fotograda pela sonda Mariner 10, mas a Grande Camera Angular (WAC, em inglês) da sonda Messenger agora fotografou de outro ângulo. [Crédito: NASA/ JHUAPL/ CIW]

 

A superficie de Mercúrio tem sido bombardeado por milhões de meteoros por não ter uma atmosfera. Por isso é objeto com mais crateras do Sistema Solar. "Não se dá um passo em Mercúrio sem tropeçar numa cratera", disse David Kring, do Lunar and Planetary Institute.

 

Ao contrário da Lua e de Marte, a superfície do planeta é mais antiga. Ela é fortemente acidentada por crateras, com grandes planícies vulcânicas, geologicamente jovens, o que indica atividade magmática. Existem indicações de ações tectônicas que se estendem pelo interior ou entre as bacias gigantes. Há escarpas com vários quilômetros de altura e centenas de quilômetros de comprimento.

 

Diferentemente dos demais objetos do Sistema Solar, inúmeras estruturas geológicas do planeta recebe nome de escritores, poetas, músicos e pintores. Outros nomes são palavras em vários idiomas que significa “Mercúrio”.

Os raios recentes na cratera Mena contrasta brilhantemente com a superfície ao redor. O padrão assimétrico dos raios pode ser devido ao ângulo do impacto, ou porque Mena foi formada sobre a borda de uma cratera anterior, como mostra a imagem obtida pela Messenger em 12/nov/11. [Crédito: NASA/ JHUAPL/ CIW]

 

O planeta Mercúrio é similar à Lua com muitas crateras, mas com mudanças sutis nos detalhes causada pela ação da gravidade durante o processo de formação das crateras. Para esta gravura artística foi usada uma imagem digital detalhada da Bacia Caloris. O Sol alongado é uma consequencia da distorção de um amplo angulo de visão achatada para uma superfície plana. [Crédito Don Davis]

A maior estrutura na superfície de Mercúrio é a bacia Caloris com quase 1.600 quilômetros, ou seja, mais da metade do diâmetro do planeta. Esta bacia foi causada por um impacto de um objeto com dimensões cerca de 100 quilômetros de diâmetro, provocando inclusive perturbações no lado oposto do planeta. Nas proximidades  foram detectadas formações de mais de 2.000 metros de profundidade, bem como montanhas de quase 5.000 metros. O nome em latim significa “calor” porque é uma das regiões mais quentes de Mercúrio, por está perto do "ponto sub-solar" - o ponto na superfície que está diretamente sobre o Sol quando Mercúrio está mais próximo do Sol.

 


“De acordo com os nossos dados, a bacia de impacto Caloris nas suas planícies lisas está completamente cheia de material que parece ser de origem vulcânica" explica Mark S. Robinson, da equipe geológica da sonda Messenger. "Em forma, estes depósitos são muito semelhantes aos mares basálticos na Lua. Mas ao contrário do nosso satélite natural, as planícies de Mercúrio têm pouco ferro, e por isso representam um tipo relativamente diferente de rocha." Os estudos multiespectrais também mostram que além de fluxos de lava, a bacia Caloris tem "manchas vermelhas," que também parecem ser vulcânicas. "As manchas vermelhas têm fronteiras difusas e por vezes situam-se no centro de depressões sem limites," afirma Robinson. "Por agora, parecem ser provocadas por erupções explosivas, piroclásticas."

 

Trio de crateras de impacto na bacia Caloris. Dentro da cratera Sander existe material muito brilhante, enquanto as crateras Munch e Poe, cada uma delas, são rodeadas por material escuro. As setas amarelas, indicam as muitas fraturas comuns na bacia Caloris. A imagem obtida pela Messenger tem cerca de 530 km. [Credito: NASA/JHU APL/CIW]

No centro da bacia Caloris, há uma estranha estrutura de cerca de 311 quilômetros apelidada “A Aranha” (depois recebeu o nome oficial de Pantheon Fossae), formada por centenas de vales retos que irradiam de um ponto central, como as patas de uma aranha. Apesar de sua formação ser desconhecida, especula-se que a causa seja o vulcanismo. A cratera de 41 quilômetros próximo dessa estrutura recebeu o nome de Apollodorus.

Imagem próximo do centro da bacia Caloris obtida pela Messenger em 14/jan/2008. É um conjunto de vales irradiando em padrão diferente de tudo já visto em Mercúrio, que os astrônomos a apelidaram de "A Aranha". A cratera no centro da imagem tem 41 km. [Crédito NASA/JHU APS/ASU/CIW]

Outra cratera de impacto gigantesca é a Rembrandt com 716 quilômetros de diâmetro e anéis partindo do centro. Nunca havia sido observada pelos telescópios terrestres, sendo descoberta pela sonda Messenger em 2008. Essa bacia se formou na mesma época da Bacia Caloris, perto do fim do período de bombardeamento pesado no Sistema Solar interior. Algumas partes da Rembrandt tem alta concentração de ferro e titânio. Dados de Rembrandt e de outras partes de Mercúrio estão sendo interpretados agora como indicativos de um passado relativamente ativo e vulcânico no planeta, que incluiria movimentos tectônicos na superfície.

A cratera Rembrandt com mais de 700 km tem algumas partes com mais ferro e titânio do que se esperava. O limbo de Mercúrio é visível acima à esquerda, penhascos altos e pequenas crateras são visíveis dentro de Rembrandt, e o terminador entre a noite e o dia corre diagonalmente através da imagem. [Crédito: NASA/ JHUAPS/ CIW]

Nesta imagem obtida pela Mariner 10, o Sol está abaixo no horizonte acentuando as características topograficas com sombras proeminentes. O desfiladeiro atravessando as crateras Rupes Discovery. [Crédito: NASA/ JPL/ Northwester University]

Imagem da cratera Brahms  obtida no primeiro encontro da Mariner 10 com Mercúrio em 30/mar/1974. O pico central nessa cratera de 100 km é típico das crateras mercurianas desse tamanho. Outras crateras menores de cerca de 25 km também são vistos; também típico ao redor de grandes crateras. [Crédito NASA]

Uma cratera complexa é a Brahms, com 100 quilômetros e um pico central de 27 quilômetros na base. As paredes da cratera desabaram para dentro, formando uma série de terraços em degraus concêntricos e borda muito irregular. Ao redor da cratera Brahms há colinas radiais de ejectos.

 

A cratera Bach com 214 quilômetros também é tão antiga quanto a Caloris e encontra-se próximo do polo sul. É formado por dois anéis, sendo que o interno se destaca pela circularidade e tem metade do anel externo; outras crateras menores e mais recentes sobrepõe a. O fundo da cratera Bach foi inundada por lava, tornando-a lisa. Próximo da borda externa está a cratera Wagner de 134 quilômetros.

 

A maior cadeia de penhascos de Mercúrio se chama Discovery Rupes que tem 412 quilômetros de comprimento com alguns picos de 2.000 metros de altura. De acordo com a atual teoria da formação de Mercúrio, Discovery Rupes foi formada quando parte da crosta do planeta se partiu e se levantou à medida que se resfriava e se contraia.

MERCÚRIO

Superfície

©1999 a 2022 por Ielcinis Louis

bottom of page