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Sondas

Marte é o planeta que mais recebeu sondas espaciais; até 2002, das mais de 30 enviadas, 12 foram bem sucedidas. A ex-União Soviética foi a primeira, em outubro de 1960 com a Marte 1960 A (ou Marsnik 1), porém suas missões em geral não foram bem sucedidas. Mesmo assim podemos citar a Marte 3 Lander (primeira sonda que pousou em Marte em 1973, mas perdeu-se contato após 20 segundos), Marte 3 Orbiter (estudou a superfície e a temperatura), Fobos 2 (cujo objetivo era pousar no satélite de Marte, mas apenas obteve fotos do planeta em março de 1989).

 

O Estados Unidos só tentou enviar sondas a Marte em 1964 usando a série Mariner, sendo que a Mariner 4 aproximou-se do planeta em 1965 e foi a primeira enviar imagens. No entanto, foi com a Mariner 9 , em novembro de 1971, que o programa americano para Marte começou a realmente funcionar: cartografia do planeta, descoberta do maior sistema de vales e a montanha mais alta, e centenas de fotos.

Superficie de Marte vista pela Viking 1.

Primeira foto colorida obtida pela Viking 1 Lander em 21/jul/1976 ao meio-dia marciano no seu local de pouso, em Chryse. Os materiais avermelhados são limonite (óxido de ferro hidratado) e o céu também é avermelhado devido aos sedimentos suspensos na baixa atmosfera. (Crédito JPL/NASA)

Superficie de Marte obtida pela Viking 2.

Além disso, essa sonda preparou o caminho para o audacioso projeto Viking, formada por duas sondas (Viking 1 e Viking 2) com dois módulos cada (o Orbiter, que orbitou o planeta, e o Lander, que pousou na superfície). As Landers pousaram em locais diferentes do hemisfério norte de Marte separados por 6.000 quilômetros, realizando experiências biológicas para detectar vida no planeta vermelho, cuja resposta não foi conclusiva; em conjunto com as Orbiters, obtiveram milhares de fotos (inclusive imagens de 360º), analisaram o clima (temperatura e vento) e a atmosfera, registraram o primeiro tremor fora da Terra e descobriram água congelada nas calotas polares. A última transmissão foi da Viking 2 Lander em 11 de novembro de 1982.

 

Passaram uma década até o fracasso do Mars Observer, em 1992, que foi perdida na órbita de Marte.

Primeira imagem colorida da superfície de Marte obtida pela Viking 2 Lander em 03/09/1976, na região chamada de Utopia Planitia (Crédito NASA/JPL)

Vista artistica de Marte durante tempestade.

Vista artística da superfície de Marte durante uma tempestade de poeira; a sonda é a Mars Pathfinder (Crédito James Gitlin/STSCi)

Em novembro de 1996 foi enviada a primeira de várias sondas com o objetivo de vôos tripulados: Mars Global Surveyor (MGS). A missão que duraria dez meses foi prorrogado até o presente momento porque as outras sondas (a Mars Climate Orbiter em 1998 e a Mars Polar Lander em 1999) falharam. Sua principal meta foi alcançada ao coletar dados sobre a morfologia e a topografia do planeta; no entanto também tem medido a composição, pressão e mudanças atmosféricas, bem como as tempestades de areia e quantidade de água nos pólos. A MGS realizou mais de 8.500 voltas ao redor do astro, tirou mais de 58.000 fotos e 490 milhões de medidas, com seu altímetro a laser. "Em alguns casos, temos agora melhores mapas de Marte do que da Terra", disse o principal cientista do projeto, Arden Albee, explicando que a MGS ofereceu mais informacoes sobre Marte do que todas as outras sondas precedentes juntas.

Imagem simulada de Marte em junho de 2001. O planeta estava em oposição (dias 13 e 14) estava mais próximo da Terra (dia 21) e era o equinócio (dia 21 começava a primavera no hemisfério sul e o outono no hemisfério norte). Os dados foram obtidas da Mars Global Surveyor. (Crédito NASA/JPL/MSSS)

Mas a mídia e o público voltaram atenção de novo para Marte com o sucesso da missão Mars Pathfinder a partir de 4 de julho de 1997, formada por uma estação meteorológica-climática e um veículo automatizado, chamado de Sojourner. Em conjunto enviaram mais de 17.000 imagens da superfície e do céu, analisaram 15 rochas e obtiveram dados sobre as condições do tempo.

 

E por enquanto a última sonda enviada com sucesso é a 2001 Mars Odyssey que está em órbita de Marte desde outubro de 2001. A sonda fará uma análise mineralógica detalhada da superfície por 3 anos, com objetivo principal de identificar a quantidade de radiação e a presença de água.

Imagem em alta resolução da rocha chamada Yogi, obtida pela Mars Pathfinder. O veículo Sojourner está examinando a rocha com o espectômetro. Vê-se claramente "duas tonalidades" na superfície desta rocha. A natureza desta diferença de cor não é conhecida, entretanto, pode consistir em ventos de poeira fundida e acumulada na superfície (a rocha está se inclinando ao vento prevalecente) ou pode ser evidência de uma ruptura de um pedregulho maior enquanto foi depositada numa antiga inundação que escorreu desta área. (Crédito NASA/JPL)

Planisfério de Marte indicando alguns locais (em branco) e sondas espaciais (em amarelo) que pousaram no planeta. (Crédito Almir Guilherme)

MARTE

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