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Órbita

Imagem do hemisfério norte de Mercúrio obtida pela Messenger. A superfície no canto inferior direito da imagem é perto da linha entre o lado diurno e noturno do planeta. Olhando para o horizonte, planícies suaves estendem-se por grandes distâncias. [Crédito NASA/ JHUAPL/ Carnegie Institution of Washington]

Por se o planeta mais próximo do Sol, Mercúrio é o planeta com menor tempo de translação do Sistema Solar. Também é o planeta com menor inclinação no eixo orbital do Sistema Solar, praticamente zero. No entanto em compensação tem uma órbita anormal porque enquanto no seu periélio o planeta chega apenas a 46 milhões de quilômetros do Sol, no seu afélio a distância é de cerca de 70 milhões de quilômetros.



Além disso, o local mais perto do Sol na órbita de Mercúrio muda ligeiramente a cada órbita – um fato usado por Albert Einstein para verificar a veracidade da teoria Relatividade Geral. Dos planetas terrestres, é o que menos se aproxima da Terra, cerca de 77 milhões de quilômetros.

O avanço do periélio da órbita do planeta Mercúrio (ponto de maior proximidade em relação ao Sol aqui representado pelos pontos P1, P2 e P3) só pode ser corretamente explicado com base na Teoria da Relatividade Geral. [Crédito Gerald Zani/ Ielcinis Louis]

 

Mercúrio tem um movimento de rotação muito lento em contraste com o rápido movimento em torno do Sol. O efeito gravitacional do Sol freia a rotação do planeta. Sendo assim o tempo necessário para completar uma órbita ao redor do Sol - 88 dias - ele dá uma volta e meia sobre seu próprio eixo, ou seja, 59 dias terrestres.

 

Devido a este movimento, Mercúrio está travado numa resonância orbital de 3 por 2, ou seja, são 3 rotações sobre seu eixo orbital para 2 órbitas em torno do Sol. Por isso, visto da superfície de Mercúrio, o Sol passar por cima 1 vez a cada 2 órbitas ao redor do Sol, ou 176 dias terrestres. Em outros palavras, um dia em Mercúrio (do nascer ao outro nascer do Sol) levar 2 anos mercurianos!
 

 

Por isso durante longos períodos enquanto um hemisfério de Mercúrio fica voltado para o Sol alcançando 427 ºC, o outro hemisfério do lado escuro se aproxima dos -180 ºC. Desse modo é o planeta com maior amplitude térmica do Sistema Solar.

Fotomosaico de imagens obtidas pela Mariner 10 em mar/1974 da bacia Caloris. É a maior característica da superfície de Mercúrio com cerca de 1.600 km de comprimento, contém fendas, crateras e planícies que aumentam de tamanho mais para o centro da bacia. [Crédito NASA/JPL]

Esta bela imagem da superfície de Mercúrio em perspectiva, na região Van Eyck, foi obtida através de nove sequencias da camera MDIS/NAC da Messenger em 03/jun/2011. O tamanho e a posição de duas crateras são identificadas na imagem. [Crédito NASA/ JHUAPL/ Carnegie Institution of Washington]

Mercúrio foi visitado pela primeira vez pela sonda Mariner 10 em março de 1974 a cerca de 704 quilômetros de distância, obtendo poucas imagens do planeta. Entre 1974 e 1975, a Mariner 10 obteve imagens mais detalhadas, mas menos da metade da superfície de Mercúrio.

Em março de 2011 a sonda Messenger (abreviação em inglês de Superfície, Ambiente Espacial, Geoquímica e Amplitude de Órbita de Mercúrio) entrou em órbita em torno de Mercúrio. Desde então tem transmitido centenas de imagens e numerosos dados sobre o planeta, principalmente sobre a face oculta. “Apesar da sua proximidade com a Terra, Mercúrio não tem sido muito explorado”, disse Sean Solomon, principal responsável da Messenger.

O ponto verde marca um dos 'polos quentes' na superfície de Mercúrio. Como o eixo de rotação de Mercúrio é essencialmente sem inclinação, o planeta não tem verdadeiras estações. Mas, dependendo da localização, partes da superfície experimentam 'verões' mais quentes. [Crédito NASA/ JHPUAPL/ Carnegie Instition of Washington]

MERCÚRIO

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