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Calisto
Hemisfério norte de Ganimedes, satélite de Júpiter, visto pela Voyager 2.

A lua mais externa dos satélites maiores de Júpiter, Calisto, encontra-se a 1.883.000 quilômetros do centro do planeta e leva 16 dias e 16,5 horas para completar a órbita; é o oitavo satélite de Júpiter em ordem de distância. Assim como Ganimedes, o tamanho de Calisto também impressiona com seus 4.806 quilômetros de diâmetro; é a segunda maior lua de Júpiter e a terceira do Sistema Solar.

 

Parece com o planeta Mercúrio no tamanho e aparência, porém é menos denso. No entanto a principal característica de Calisto é quantidade de crateras; tanto que é considerada a superfície mais marcada e mais antiga do Sistema Solar.

Imagem global colorida de Calisto obtida pela Galileo, em 25/mai/2001. As cicatrizes brilhantes em uma superfície escura testemunham uma longa história de impactos em Calisto. Apesar da superfície está crivada de crateras, ela não é uniforme em cor ou brilho. (Crédito NASA/JPL/DLR)

Gravura artistica de Calisto, satélite de Júpiter, visto pela sonda Galileo.

Concepção artística mostrando Júpiter acima de uma antiga cratera na superfície de Calisto. (Crédito Don Dixon)

Cadeia de crateras em Calisto, satélite de Júpiter, visto pela sonda Voyager 2.

Imagem de 360 km de largura adquirida pela Voyager 2 mostra uma cadeia de crateras chamadas de Gipul Catena, em que a maior cratera individual tem cerca de 24 km. Esta é apenas uma das mais de 12 cadeias que se observa em toda a superfície de Calisto. (Crédito Paul Schenk/Lunar & Planetary Institute)

As crateras de impacto estão presentes em toda a superfície do satélite e são circundados por anéis concêntricos. A explicação para esses anéis, segundo os astrônomos é que no passado distante meteoritos perfuraram a crosta de Calisto, fazendo com que a água no subsolo se espalhasse pela superfície em volta das crateras. Diferente de Mercúrio e da Lua, as crateras de Calisto são baixas (poucos passam de um quilômetro de altura).Entre várias crateras de diversos tamanhos - a maioria tem 100 quilômetros -, Gipul Caterna se destaca. É uma longa série de crateras de impactos alinhados em linha reta.

Há duas enormes bacias (como encontrado em Mercúrio e na Lua): Valhalla (no lado voltado para Júpiter com uma depressão de 600 quilômetros de diâmetro e circundado por 15 anéis, que se estende por um raio de mais de 1.500 quilômetros, a intervalos variáveis de 50 a 200 quilômetros) e Asgard (estrutura com vários anéis que mede cerca de 1.700 quilômetros de diâmetro e tem uma região central brilhante).

Imagem artistica de Calisto, satélite de Júpiter.

Nesta imagem digital estamos vendo Júpiter visto do polo norte de Calisto. O Sol eclipsado está para emergir por trás do limbo direito de Júpiter. O componente vermelho da luz solar é refletido pela atmosfera superior de Júpiter, visto como crescente. Esta luz dá a Calisto um complexo tom rúbico, bem diferente da superfície cinza e castanha. (Crédito Walter Myers)

Calisto, satélite de Júpiter, visto pela sonda Voyager 2.

A superfície de Calisto está coberta por uma camada de gelo com rochas e pó escuros, possivelmente material carbônico, tornando-o mais escuro dos satélites galileanos, refletindo apenas 20% da luz solar incidente. Mas mesmo assim é possível vê-la com auxílio de telescópio amador por causa de seu tamanho. Não há evidencia de atividades tectônicas no satélite e provavelmente não sofre o efeito de maré porque está muito distante de Júpiter. Deste modo, é diferente das outras luas maiores de Júpiter que passaram por um processo geológico que eliminou grande parte dos vestígios de crateras.

Imagem global de Calisto obtida pela Voyager 2 em 7/jul/1979 de uma distância de 1,1 milhão de km. São visto inúmeras crateras de impacto num terreno escuro. Calisto apresenta a superfície mais antiga dos satélites do Sistema Solar. (Crédito NASA/JPL)

Em vista disso, os astrônomos ficaram surpresos quando a Galileo num vôo rasante sob Calisto revelou que montanhas de gelo e poeira estão aparentemente em erosão - não esperada em ambiente 'morto'. Por enquanto a única explicação para a erosão é que à medida que o gelo das montanhas evapora, a poeira que está grudada ao gelo se solta e desliza para as partes mais baixas da montanha. Se esse processo continuar, com o tempo todas as montanhas de Calisto desaparecerão!

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Imagem global de Calisto obtida pela Galileo em 05/nov/1997 de uma distância de 68.400 km com resolução de 14 km. Valhalla está pouco acima do equador. (Crédito NASA/JPL)

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Quatro imagens de Calisto obtida pela Galileo de 1996 a 1999 durante sua passagens por Júpiter: desde a imagem global (esquerda acima) até detalhes com resolução de 30m da superfície (abaixo à esquerda). A linha vermelha indica a escala. (Crédito NASA/ JPL/ DLR)

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Outra surpresa foi quando a Galileo detectou um campo magnético em torno de Calisto. "Até agora, pensávamos que Calisto era uma lua morta e sem interesse, apenas um conjunto de pedras e gelo", disse Margareth V. Kivelson, cientista da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e complementa: "estes novos dados sugerem que algo se esconde sob a superfície de Calisto e que pode muito bem ser um oceano salgado". Talvez esteja a 20 quilômetros de profundidade. A dúvida dos astrônomos é em que estado está esse oceano: congelado ou líquido.

Imagem obtida pela Galileo a uma distância de 111.900 km. Mostra a região Asgard, a segunda maior cratera de Calisto, com vários anéis concêntricos de 1.700 km de diâmetro. O detalhe (em preto e branco) foi obtida a menos de 9.500 km de distância, mostrando a cratera Doh com cerca de 55 km de diâmetro e com uma cúpula de 25 km. (Crédito NASA/JPL)

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Uma parte da região central de Valhala é mostrado nesta área de 11 km. Mostra poucas crateras em contraste com a maioria da superfície de Calisto. Imagem obtida pela Galileo distante 1.219 km com resolução de 60 m. (Crédito NASA/JPL)

Calisto possui uma atmosfera tênue composta de gás carbônico a 100 quilômetros da superfície. A origem é desconhecida, apesar de que pode ser gás emitido pelo interior do satélite, ou de reações químicas no solo, ou ainda resto de cometas destruídos.

Calisto tem a densidade mais baixa dos satélites maiores (1,85 g/cm³), o que indica uma estrutura interna ímpar: um enorme núcleo de rocha e gelo, um manto de água salgada e uma fina crosta de rocha e gelo.

 

Na mitologia greco-romano, Calisto foi uma jovem amada por Zeus e odiada por Hera.

Satélite Calisto visto em detalhes pela Galileo

Imagem obtida pela Galileo distante 8.600 km com resolução de 87 m. Dois aspectos surpreenderam os astrônomos: o material escuro que cobre a superfície, e que há poucas crateras pequenas em vista do tamanho de Calisto. (Crédito NASA/JPL)

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Mosaico de duas imagens mostra uma área dentro da região de Valhalla. Além das escarpas, são visíveis muitas crateras de impacto de tamanho diferentes (155 m a 2,5 km). A imagem de 33 km foi obtida pela Galileo com resolução de 46 m. (Crédito NASA/ JPL/ University of Arizona)

©1999 a 2022 por Ielcinis Louis

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