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Introdução

Apesar da semelhança com a Lua, o planeta Mercúrio tem surpreendido os astrônomos. Isso só confirma que cada planeta do Sistema Solar tem suas peculiaridades. Mas, comecemos pela origem do nome do planeta. Mercúrio teve o seu nome atribuído pelos romanos baseado no mensageiro dos deuses porque parecia mover-se mais depressa do que qualquer outro planeta.

Na Babilônia, o planeta era conhecido como Nebo, deus da sabedoria e da agricultura. Os gregos lhe deram dois nomes: Apolo, a estrela matutina, e Hermes, a estrela vespertina. Os astrônomos gregos sabiam que os dois nomes referiam-se ao mesmo corpo celeste. Heráclito já acreditava que Mercúrio e Vênus gravitavam em torno do Sol, e não da Terra.

Primeira imagem de Mercúrio obtida pela Mariner 10 em 24/mar/1974 a uma distância de 5,38 milhões de km. A superfície de Mercúrio é parecida à nossa Lua, tendo muitas crateras. [Crédito NASA]

Mercúrio é o planeta de mais difícil observação porque está sempre próximo ao horizonte antes ou depois do Sol. Nesta foto de 2001, Vênus é o mais brilhante e Mercúrio está abaixo. [Crédito Anthony Arrigo]

Trânsito de Mercúrio em 07/mai/2003. A imagem registrada na Bélgica é uma composição de 23 fotos com cerca de 15 minutos de separação. Devido à órbita de Mercúrio não ser exatamente igual à da Terra, Mercúrio regularmente passa por cima ou por baixo do Sol. [Crédito Dominique Dierick]

No céu, Mercúrio quase nunca está suficientemente afastado do Sol e por isso está acima do horizonte, no máximo duas horas após o escurecer ou antes do amanhecer. Apenas uma ou duas vezes no ano, em média, é fácil dar-se uma espiada nele.

No entanto, há duas ocasiões especiais em que Mercúrio pode ser visto com clareza. Uma é quando um eclipse total do Sol bloqueia sua luz por alguns minutos e assim é possível Mercúrio, como ponto brilhante próximo do Sol. A outra é no trânsito de Mercúrio, quando o planeta cruza o disco solar aparecendo como um ponto negro. Isso ocorre devido à órbita de Mercúrio não ser exatamente igual à da Terra. Mercúrio regularmente passa por cima ou por baixo do Sol. Em ambos os casos, é necessário o uso de aparelhos para proteger os olhos contra a luz solar. Portanto, Mercúrio é o planeta mais difícil de observar entre os planetas vistos sem uso de instrumentos.

Uma luz fantasmagórica da coroa solar revela a superfície acidentada e inóspita de Mercúrio. Alto no céu, o objeto brilhante na posição duas horas é a Terra. Devido a proximidade de Mercúrio ao Sol e sua falta de atmosfera, antes do amanhecer e anoitecer veriamos a deslubrante coroa do Sol. [Crédito Walter Myers]

Mercúrio foi visitado pela primeira vez pela sonda Mariner 10 em março de 1974 a cerca de 704 quilômetros de distância, obtendo poucas imagens do planeta. Entre 1974 e 1975, a Mariner 10 obteve imagens mais detalhadas, mas menos da metade da superfície de Mercúrio.

Em março de 2011 a sonda Messenger (abreviação em inglês de Superfície, Ambiente Espacial, Geoquímica e Amplitude de Órbita de Mercúrio) entrou em órbita em torno de Mercúrio. Desde então tem transmitido centenas de imagens e numerosos dados sobre o planeta, principalmente sobre a face oculta. “Apesar da sua proximidade com a Terra, Mercúrio não tem sido muito explorado”, disse Sean Solomon, principal responsável da Messenger.

Pólo sul de Mercúrio fotografado pela Mariner 10 em 21/set/1974 à distância de 85.800 km. O polo está localizado dentro da cratera maior (180 km) no limbo do planeta. [Crédito NASA]

Esta imagem espetacular do lado oculto de Mercúrio foi obtida pela Messenger em 6/out/2008 a uma distância de 27.000 km. Foi uma das primeiras tirada pela Camera Grande Angular (WAC) da sonda cerca de 90 minutos depois da maior aproximação do planeta. Nota-se um padrão de raios que estendem de norte a sul cruzando a cratera Kuiper, próximo do centro da imagem. [Crédito NASA/JHU APS/ASU/CIW]

"É um corpo incolor diferente de Marte, da Terra e de Vênus. Mercúrio é o planeta mais interior e mais exótico do Sistema Solar." 

Robert G. Storm, Universidade do Arizona

 

MERCÚRIO

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