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Conclusão

Impacto dos fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter. Esta gravura artística foi capa da Planetary Society e poster da revista Sky and Telescope. (Crédito Don Dixon)

Em algumas imagens enviadas pelas sondas espaciais são bem visíveis no lado noturno de Júpiter as trilhas luminosas de meteróides (ou meteoros) fragmentando-se a 60 km/s; alguns rastros chegam atingir mil quilômetros de comprimento!

 

No entanto de 16 a 22 de julho de 1994 ocorreu uma espetacular chuva de meteoros em Júpiter quando os fragmentos do cometa Schoemaker-Levy 9 (ou SL9) atingiu o planeta. Estima-se que o cometa SL9 girava em torno de Júpiter há pelo menos 20 anos com período orbital de 2 anos, até ser despedaçado pelas enormes forças de maré do planeta em 07 de julho de 1992 quando esteve apenas a 71.400 quilômetros acima da atmosfera. O que restou foram 21 pedaços (segundo alguns cálculos os maiores eram de 3 quilômetros) que foram esparramados em uma linha até a queda em Júpiter.

Imagem de Júpiter obtida pelo Hubble mostra 8 locais de impacto do SL-9. Da esquerda para direita são os fragmentos E/F (no limbo esquerdo), N, Q, R e D/G (no limbo direito). A definição é de 200 km para os menores detalhes. (Crédito Equipe do HST e NASA)

Os fragmentos do cometa SL-9 com uma velocidade de cerca de 200.000 km/h, produziram enormes explosões que haviam sido indicadas apenas pelas predições mais extremas. Quando entraram na atmosfera de Júpiter, os fragmentos causaram flashes que duraram apenas alguns segundos. Daí, gases superaquecidos foram expelidos para as camadas superiores da atmosfera, formando bolas de fogo imensas que, nas explosões maiores, eram, por alguns instantes, mais quentes do que a superfície do Sol! Nos próximos 10 a 20 minutos, uma enorme coluna de gases elevou-se a uns 3.200 quilômetros. Visto que os impactos ocorreram no lado escuro de Júpiter (no hemisfério sul), os flashes e as colunas de gás brilhantes puderam ser detectados com mais facilidade. Em alguns casos, o topo das colunas podia ser visto acima do horizonte de Júpiter.

Este mosaico de imagens obtidas em jul/1994 pelo Hubble mostram a evolução do local de impacto do fragmento G do SL9. De baixo para cima: no dia 18, após 5 minutos um flash no limbo de Júpiter; no dia 18, após 1,5 horas o local do impacto é bem visível; no dia 21, após 3 dias vemos a mancha do impacto do fragmento L; no dia 23, após 5 dias as manchas ainda persistem. (Crédito R.Evans, J.Trauger, H.Hammel, Equipe do HST e NASA)

Gravura artística pintado muito meses antes da histórica colisão dos framentos do cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter. Uma chuva de meteoros são mostrados entre as nuvens do planeta perto do alvorecer. (Crédito Kim Poor)

Dez minutos depois da colisão, a rotação do planeta virou para a Terra os locais dos impactos. Passaram-se outros dez minutos e os pontos de impacto se voltaram para o Sol. A essas alturas, as colunas já se tinham dissipado, e haviam sido substituídas por enormes manchas escuras. A maior delas tinha duas vezes o tamanho da Terra. Essas manchas não haviam sido preditas pelos astrônomos, mas acabaram sendo o aspecto mais marcante do fenômeno, que duraram meses. Esta foi a primeira colisão de dois astros do Sistema Solar que foi observado e acompanhado em todos os pormenores. 

Cor natural de Júpiter obtida em 22/jul/1994 pelo Hubble mostrando numerosos locais de impacto do cometa SL-9. O primeiro fragmento, chamado A, colidiu no dia 16/jul e o último foi o fragmento Q, no dia 20/jul/1994. (Crédito Equipe do HST e NASA)

Última imagem que o instrumento JunoCam a bordo da sonda Juno obteve antes dos instrumentos serem desligados em preparação para a inserção orbital, em 29/jun/2016 a 5,3 milhões de km de Júpiter. Também são visíveis os 4 maiores satélites de Júpiter. [Crédito NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS]

O sistema de satélites de Júpiter pode ser dividido em 4 grupos: os internos (alguns dos quais fazem parte do sistema de anéis de Júpiter), os maiores (três desses estão entre os cinco maiores do Sistema Solar), os externos (que subdivide em diretos e retrógrados) e os irregulares (recentemente descobertos). Como já citado, os primeiros foram descobertos em 1610 e os últimos em 2011 a partir de telescópios. Júpiter tem 67 satélites conhecidos, sendo 53 satélites oficiais e 14 satélites aguardando confirmação.

 

Júpiter também possui a lua de movimento mais rápido do Sistema Solar: Métis, que viaja a 31,57 km/s! Para termos de comparação a velocidade da nossa Lua é 1,02 km/h.

Imagem de despedida de Júpiter tirada pela Cassini em 15/jan/2001, quando o planeta estava a mais de 18 milhões de km. A resolução da imagem é de 110 km. No canto esquerdo também aparece o satélite Io. (Crédito NASA/Universidade do Arizona)

Comparação do maior planeta do Sistema Solar com o nosso planeta. Parece simplesmente uma lua orbitando Júpiter! (Crédito Ielcinis Louis)

JÚPITER

©1999 a 2022 por Ielcinis Louis

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