
"Os colossais sistemas de tempo e nuvens de fumaça de Júpiter, girando no espaço à nossa frente, hipnotizaram-nos. O planeta é imenso."
Carl Sagan, capítulo Histórias de Viajantes, Cosmos

Como é visível a olho nu, o planeta Júpiter é conhecido desde o começo da humanidade. Em seu brilho máximo pode ser o 4° astro mais brilhante do céu! Entre os planetas, nesta fase é apenas superado por Vênus. Com um telescópio modesto é possível ver algumas luas e características da atmosfera do planeta. Júpiter (Zeus para os antigos gregos) era o líder dos deuses e patrono da cidade de Roma.
Foto rara de Júpiter (à esquerda), Saturno (embaixo a direita) e aglomerado estelar das Plêiades ou M45 (em cima) na constelação de Touro sem auxílio de telescópio. (Crédito Ken Webb)

Foto de Júpiter e duas luas com auxílio de um telescópio de 250mm em Araraquara (São Paulo) no dia 2/jan/2001. (Crédito Dario Pires)
Em 1610 Galileu Galilei descobriu 4 astros girando em torno de Júpiter, mas foi Marius Simon que deu o nome aos primeiros satélites a orbitar outro planeta. São chamados de satélites (ou luas) galileanos. A partir de então o planeta foi observado exaustivamente e revelaram o seguinte: as intercalações de faixas escuras e claras por Zuchi em 1630; manchas claras por Robert Hooke em 1664; a Grande Mancha Vermelha por Giovanni D. Cassini em 1665, que também obteve o período de rotação e mediu o achatamento polar de Júpiter. O astrônomo Rupert Wildt, durante os anos 1940 e 1950, elaborou um quadro geral de Júpiter que mais tarde foi comprovado pelas sondas espaciais. Em suma, sabia-se muitas coisas do enorme planeta, porém foi com a exploração de naves não tripuladas que o conhecimento de Júpiter aumentou grandemente.

Foto de Júpiter obtida com o Telescópio Óptico Nórdico (NOT) de 2,6 metros. Esse é um bom exemplo das melhores imagens que podem ser obtidas de telescópios situados na Terra. (Crédito NOTSA)

Gravura artística do colossal sistemas de nuvens e de tempo de Júpiter. Não há nenhuma montanha, vales, vulcões ou rios, e não há limite entre a terra e o ar – apenas um oceano vasto de gás e nuvens densos. Tudo que vemos em Júpiter está flutuando no céu. (Crédito Andrew C. Stewart)