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Fobos é o maior satélite de Marte e também o mais próximo, estando apenas 9.378 quilômetros do centro do planeta. Desse modo, Fobos é o satélite com menor distância de um planeta. Esta baixa altitude tende a diminuir, porque segundo cálculos, Fobos está numa ligeira espiral rumo à Marte, sendo atraido pela força de maré. Outro efeito, é que o período orbital de Fobos é de apenas 7 horas e 26 minutos, ou seja, visto da superfície de Marte, Fobos nasce no oeste geralmente 3 vezes ao dia, movendo rapidamente no céu e se pondo no leste; mas, o satélite não é visível acima da latitude 70º, tanto norte como sul.

Mosaico de imagens de Fobos, uma das luas de Marte, obtida pela Viking 1 Orbiter em out/1978, a cerca de 600 km de distância. (Crédito NASA)

Imagem detalhada próximo da cratera Stickney em Fobos obtida pela Mars Global Surveyor em 19/ago/1998. Note as muitas crateras na superfície do satélite. (Crédito MSSS/NASA)detalhada

Em janeiro de 1989, Fobos foi alvo da primeira missão espacial enviada a um satélite, fora a Lua. A missão envolvia duas sondas soviéticas, Phobos 1 e Phobos 2, que inclusive lançaria uma cápsula à superfície do satélite. Porém, a Phobos 1 perdeu-se na viagem espacial, enquanto a Phobos 2 deixou de enviar dados à Terra quando se encontrava orbitando Fobos; mesmo assim, essa sonda conseguiu obter algumas fotos e outras medições do satélite e do planeta vermelho, como um pequeno, mas regular escapamento de gás na superfície de Fobos, que se supõe que seja vapor de água.

Imagem detalhada de Fobos obtida pela sonda Phobos 2 em 25/mar/1989 a uma distância de 197 km com definição 36 m. (Crédito IKI)

Gravura artística da superfície de Fobos sendo visitados por astronautas. Marte aparece com todo seu esplendor no céu de Fobos. (Crédito Marilynn Flynn)

 

Descoberto em 12 de agosto de 1877 por Asaph Hall, Fobos recebeu o nome de um dos filhos de Ares (ou Marte) e Afrodite (ou Vênus) da mitologia greco-romana; em grego, significa medo ou pavor. Apesar de está pouco inclinado em relação ao plano equatorial de Marte (1,08 º) tem órbita mais excêntrica (0,0151) que Deimos.         

A forma elíptica de Fobos (bem como de Deimos) faz lembrar um asteróide, sendo que seu eixo maior mede 26,80 quilômetros e o menor 18,40 quilômetros, ou seja, tem diâmetro médio de 22,40 quilômetros. Como tem superfície escura (refletindo apenas 7% da luz solar) e é pequeno, Fobos deve ter um brilho apagado, talvez como Vênus aparece na Terra. Como a maioria dos satélites do Sistema Solar, Fobos tem o período de rotação sincronizada com o período orbital, mostrando sempre o mesmo lado para o planeta. Portanto, Marte visto da superfície de Fobos poderá ser surpreendente: o planeta poderá cobrir quase a metade do céu, nunca se pondo ou nascendo; em contraste, no lado oposto, o céu deve ser apenas um breu, sem jamais ver Marte.

Imagem de Fobos obtida pela Viking 1 Orbiter. As linhas e fraturas mostradas nesta foto podem ter sido resultado do impacto que deu origem a cratera Stickney. (Crédito NASA)

Close-up da grande cratera Stickney em Fobos obtida pela MGS em 19/ago/1998. Esta imagem é a melhor resolução (4 m por pixel) de um satélite de Marte. (Crédito MSSS/NASA)

A superfície de Fobos é crivada de crateras e mostra padrões de estrias causados por impactos que provocaram as 8 maiores crateras do satélite: D'Arrest, Hall, Roche, Sharpless, Stickney, Todd e Wendell. Desses, Stickney se destaca pelo tamanho com 10 quilômetros de diâmetro, ou seja, o impacto que a formou por pouco não destruiu Fobos.

 

Há desfiladeiros (ou fraturas) que se estendem desde a cratera Stickney através da superfície que medem de 100 a 700 metros de comprimento por 10 a 90 metros de profundidade.

 

A temperatura tem variações bruscas de -4º C a -112ºC próximo a superfície do satélite.

Fobos visto no céu de Marte conforme captado pela Mars Pathfinder no seu dia 56 no planeta vermelho. (Crédito NASA/JPL)

©1999 a 2022 por Ielcinis Louis

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